GRACITA é um romance baseado em uma história real. Conta a vida de Gracita Gracita, uma mulher nascida em 1926 e que buscou durante a vida toda a felicidade que, para ela, era simplesmente ter uma vida familiar feliz e consolidada. Filha de um engenheiro paulista totalmente comprometido com a causa de São Paulo, em plena época da Revolução de 30, ela viu a fortuna do pai se esvair após a sua participação na Revolução de 1932. Nesta fase, o livro traz diálogos dos principais líderes da Revolução de 30, Getúlio incluído, com os assessores mais próximos. Fala da incerteza e das dúvidas e medos do líder revolucionário, que já mostrava tendências ao suicídio, ao qual lançaria mão caso a revolução não desse certo. Até aqui, o livro é um romance histórico. Depois de anos foragidos, a família de Gracita tentou recuperar a sua vida anterior e Gracita acaba se envolvendo na década de 40 de uma forma totalmente aleatória com Eltes , sobrinho do General Góes Monteiro, o líder militar da Revolução de 30. O rapaz, apesar de pertencer a uma das mais influentes famílias brasileiras das décadas de 30 e 40 é um bon vivant, que não soube aproveitar-se de todas as imensas oportunidades que teve de se dar bem na vida. Gracita casa-se com ele e os dois têm um filho. O casamento não dá certo e os dois acabam separando-se. Nesta segunda fase, o livro trata do tema da luta da mulher desquitada em plena década de 50 contra o preconceito de uma sociedade hipócrita para a qual o estado civil era mais importante do que o caráter. E, a partir daí, o livro passa a contar a luta de Gracita contra esse preconceito para manter sua independência e dignidade. A história de Gracita é a história de toda uma geração de moças que, ao se verem desquitadas, praticamente perdiam todo o direito de viver dignamente.