A curiosidade em conhecer o contexto e a natureza do uso dos Arquivos Médicos como fontes de informação, o uso dessas informações para produzir conhecimentos, os tipos de abordagens metodológicas empregadas na produção desses conhecimentos e outros comportamentos relacionados ao campo das ciências da saúde, conduziram ao desenvolvimento de uma pesquisa voltada a analisar o contexto da produção científica brasileira na área da saúde. Deste modo, esta obra destaca que os Arquivos Médicos são de extrema relevância para a sociedade, que deve, a partir do corpo profissional que trabalha com eles, garantir tanto políticas de gestão de documentos, como de difusão da informação contida neles; informações qualificadas como únicas, dadas suas possibilidades de empregos para o avanço das Ciências da Saúde. Arquivos Médicos são considerados pelo autor como fontes inesgotáveis de informações estatísticas e/ou qualitativas de utilidade, não somente para a administração das instituições e serviços de saúde, mas também para a pesquisa em saúde, para o planejamento em saúde pública e para a educação em saúde. O autor, destacando o valor de prova do documento e sua finalidade primordial de informar sobre ações desenvolvidas nas organizações, lembrando da necessidade de dotar de significado o próprio documento de arquivo, mediante seu tratamento, uso e comunicação. Esse processo não deve ser considerado um exercício banal, pois envolve pelo menos três ações consecutivas: tratamento, preservação e difusão para assegurar seu acesso, assim como sua autenticidade, integridade e fidedignidade, protegendo aquelas informações que, pela natureza do conteúdo, protagonizam a dualidade entre acesso e sigilo.