Publicado em maio de 1922, no primeiro número da revista Contemporânea, dirigida por José Pacheco, ilustrada por Almada Negreiros e mantida financeiramente por Agostinho Fernandes, o texto de Fernando Pessoa satirizava já de saída a proposta da revista que era de arejar o provincianismo da Lisboa do início do século XX, através de uma proposta elitista e “civilizatória”. No editorial do primeiro número ela se apresentava como “feita expressamente para gente civilizada e para civilizar gente”.