Imagine uma máquina de inovação de ruptura, ou, usando o título e metáfora desse livro, uma galinha de “Ovos de Colombo”, onde sejam fabricadas ideias e produtos inovadores de forma sistêmica.
Talvez as maiores barreiras para criar uma máquina ou robô assim sejam as de comunicação, o que parece um paradoxo, uma vez que a tecnologia permite um grande avanço de troca de ideias, com várias áreas avançando em paralelo em direção à fronteira do conhecimento e das ideias de ruptura. Ou ainda, talvez uma razão para ainda vivermos uma realidade em que esses ovos ainda são raros, apesar de tantos avanços tecnológicos, seja que a competição ainda separa os homens de trabalharem realmente de forma colaborativa. Outros fatores do progresso e evolução também pesam nessa realidade, como a infinita busca por processos cada vez mais automáticos e enxutos, que transforma a criatividade em uma peça fora do baralho para os objetivos de resultados da grande maior parte das empresas, focadas em avanços cada vez mais incrementais. Ou seja, se a automação dos processos, assim como os métodos ágeis e a produção cada vez mais enxuta, ou lean, traz benefícios para a nossa qualidade de vida, permitindo a disseminação de produtos de qualidade para o máximo de consumidores, por outro lado ela cria barreiras cada vez maiores para os verdadeiros “Ovos de Colombo”.
Seja como for, a verdade é que a máquina biológica para isso já existe na natureza, em constante evolução, e todos fazemos parte dela de alguma forma, embora exista, mais facilmente reconhecida e notadamente evidente no cérebro e na mente de grandes gênios visionários.
Mas, até que ponto seremos capazes de criar máquinas capazes de inventarem o futuro de forma sistêmica, como conseguem fazer esses visionários de forma discricionária?
Para isso, acredito que devemos primeiramente entender e dominar esses modelos de inovação discricionária e o avanço das mais variadas áreas que representam os principais “Ovos de Colombo”, que irão justamente formar as fronteiras do conhecimento e do avanço tecnológico humano, caracterizado pelas constantes inovações e evoluções.
E se esse entendimento e domínio podem ser obtidos e modelados, na forma de uma arquitetura ou máquina, com robôs executando de forma automática e autônoma todos processos, estarão abertas as portas para construção de uma nova Era de Criatividade e de inovação de ruptura, com a criação cada vez maior de novos produtos que surpreendam o mercado, embora em sua base os conceitos pareçam extremamente simples e tão óbvios como colocar um ovo em pé.