Esse é o primeiro livro brasileiro sobre RPA ou Robotic Process Automation, e um dos primeiros do mundo. Mas, certamente, muitos outros virão, pois não há a menor dúvida que vivemos uma revolução tecnológica sem precedentes na história da humanidade, que podemos resumir na revolução dos robôs. E essa realidade começa a formar uma nova empresa e a mudar antigos conceitos de Administração, principalmente com a crescente adoção de tecnologias de RPA, que vieram para ficar.
Afinal, a alta competição por qualidade e consumidores leva as empresas a buscarem o automatismo dos processos, e levará, no meu entender, a decidirem cada vez mais com robôs atuando na camada de inteligência estratégica. E o que, para muitos, parece apenas uma automação, na verdade é só o começo da entrada dos robôs na gestão dos processos.
Um novo tempo nas empresas onde os robôs estarão definindo os próprios ajustes dos sistemas de automação até terem competência para assumirem seu controle, ou seja, assumirem o papel de robôs gestores de outros robôs. Evidentemente que isso só será possível através de avançadas tecnologias de inteligência artificial que, irão abrir as portas para os robôs que pensam como gestores.
Dessa forma, podemos visualizar o RPA como as portas para um cenário futuro muito próximo, que já não será mais de ficção científica, mas de realidade absoluta, onde máquinas e computadores cada vez mais inteligentes, com capacidade de pensar como humanos, estarão presentes nas mais variadas áreas, influenciando o mercado, os consumidores, as empresas, as redes sociais, os governos, a natureza, etc., ou seja, todos os seres vivos, empresas, processos e modelos de negócio envolvidos.
E tudo isso na velocidade da luz.
Mas, apesar de essa nova realidade poder representar um grande benefício para os consumidores e empresas, e toda sociedade, por outro lado são muitos os riscos se não fizermos a automação de processos e orquestração de sua inteligência de forma segura e planejada.
Ou seja, a revolução dos robôs exige também uma grande mudança na administração dos processos, e para isso, precisamos de visibilidade dos sistemas automáticos e discricionários, de robôs e seres humanos, pois eles irão impactar cada vez mais os principais atores do mercado, ou seja os consumidores, negócios, empresas, governos, redes sociais, etc.
Afinal, os robôs vão mudar cada vez mais a forma de medirmos e avaliarmos o tempo. E, dessa forma, considero relevante pensarmos em uma abordagem diferente de medição de tempo, que leve em conta a dimensão do tempo de máquina – ou seja, computadores, softwares, robôs, humanoides, etc - de forma independente da dimensão do tempo humano, e todos processos associados.
Portanto, para isso, proponho que o tempo humano de execução dos processos seja separado do tempo dos robôs, de forma a melhor identificarmos os pontos críticos e as oportunidades de cada um dos atores e suas dimensões.
Como em nosso cérebro, onde existe uma separação do pensamento consciente e inconsciente, com diferentes tempos de processamento e relevância em cada um deles.
Como na estrutura física de robôs e humanos, onde existe uma separação e diferença entre a máquina de silício, sem consciência, e o ser biológico consciente.
Como nas mais variadas áreas do conhecimento onde temos o automatismo da solução de problemas a partir de um aprendizado passado, e os novos problemas inesperados, que necessitam de uma nova forma de pensar.
E assim por diante.
Novas dimensões de tempo, para um novo tempo onde homens e robôs executam de forma conjunta ou complementar os mais simples e complexos processos, em que se possa estratificar a realidade exata de cada dimensão, com visibilidade precisa de cada um dos atores envolvidos.
E onde a velocidade da luz, dos robôs e das empresas já não pareça tão alta como a que conseguimos, hoje, medir e perceber.